"O torturador não é um ideólogo, não comete crime de opinião, não comete crime político, portanto. O torturador é um monstro, é um desnaturado, é um tarado" (Ayres Brito)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

REVISTA VEJA: um dos piores veículos de informação do país não me deixa em paz

O verdadeiro papel dos órgãos de imprensa é informar. Uma democracia forte só se sustenta com princípios republicanos e um povo muito bem informado. A informação é elemento fundamental para subsidiar as decisões de um pai de família, de um governante, um professor, uma dona de casa ao realizar compras para sua dispensa, enfim, boas decisões carecem de boas informações.
Neste diapasão, um veículo de informação possui o dever ético de apresentar notícias verdadeiras, fundamentadas em fatos, documentos e na realidade dos acontecimentos sociais, políticos, econômicos, culturais, etc de seu país.
A Revista Veja ao noticiar que a “Era Lula” foi administrada pelo governo mais corrupto da República falha vergonhosamente com o seu dever de informar, representando um real prejuízo ao País e ao Estado Democrático de Direito, o que é característica predominante deste “veículo de informação” (Revista Veja).
Jamais se investigou e combateu tanto a corrupção como no Governo Lula. Foram criadas diversas formas de controle dos gastos públicos, além da obrigação da publicação de todas as contas e gastos públicos em sítios da internete, amplo investimento de recursos na Polícia Federal e o fato de que o país deixou de ter um “Engavetador Geral da República” e passou a ter um verdadeiro Procurador Geral da República.
Outrossim, jamais também, na história da República Federativa do Brasil foi possível observar, como na “Era Lula” a prisão de grandes empresários, Governadores, Prefeitos, Deputados, Juízes de Direito e “Poderosos em geral” envolvidos com corrupção.
Neste sentido, qualquer cidadão deste país, minimamente bem informado, ou seja, que não baseia suas informações apenas na leitura da Revista Veja, terá condição de discernimento suficiente para identificar que houve uma importante mudança na “Vida republicana brasileira”, principalmente com relação ao combate à corrupção.
Este “veículo de informação” a Revista Veja, do ponto de vista deste docente do Curso de Direito de uma Universidade Estadual possui real capacidade de alienar parcela importante de cidadãos brasileiros (alguns de seus leitores). Digo alienar, pois, ao desinformar, ou seja, noticiar em suas paginas notícias com dados manipulados, notícias tendenciosas, sem o mínimo de imparcialidade e respeito para com a ética e a verdade, bem como, notícias que ignoram vergonhosamente os fatos políticos, sociais, culturais, econômicos, etc, de seu país, a Revista Veja nada mais faz do que desinformar e alienar o seu leitor, pelo menos, o leitor menos informado.
O papel de desinformação e alienação da Revista Veja torna-se mais preocupante quando observamos que o Governo do Estado de São Paulo comprou milhares de assinaturas desta revista para distribuir em escolas públicas estaduais. O aluno dessas escolas terão, neste sentido, maiores chances de alienação do que os demais alunos, pois estarão recebendo informações viciadas, tendenciosas, preconceituosas, enfim, informações que não primam pela mínima ética jornalística.
Por fim, desejo registrar que estou recebendo telefonemas com periodicidade semanal da Editora Abril com intuito de oferecer-me a assinatura da Revista Veja. Toda vez que recebo referidos telefonemas explico para o vendedor que não desejo assinar e meus motivos, dentre eles, o fato de ser, em minha opinião, um dos piores veículos de informação que temos no país. Não sei se é desespero da Editora Abril ou se é absoluta desorganização da editora mesmo, já que, depois de reiteradas críticas quanto ao conteúdo da revista para seus vendedores, os mesmos teimam em ligar-me toda semana para oferecer a assinatura do detestável periódico semanal.
Pretendo processar a Editora Abril por Assédio e Danos Morais pelo constante incômodo que seus vendedores estão provocando com suas insistentes ligações que teimam em invadir a privacidade e sossego de meu lar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DO BRASIL + LEI DE ANISTIA + TRATADOS INTERNACIONAIS = IMPEACHMENT DE ALGUNS DOS MINISTROS DE NOSSO SUPREMO?

Nosso Poder Judiciário é perigosamente ineficaz. Processos importantes levam anos a fio e quando finalmente a sentença é proferida, geralmente o direito material protegido pereceu ou sofreu dano irreparável.
Um processo de aposentadoria leva, na melhor das hipóteses, em média, uns cinco anos.
Uma ação indenizatória contra uma instituição bancária que causou dano a um consumidor leva de dois a cinco anos, para, no final, ter o resultado pífio de uma indenização de mais ou menos três mil reais, ou cinco mil reais. O que são cinco, dez, quinze mil reais para uma instituição bancária no Brasil, que acumula lucros anuais milionários?
Um cidadão que teve deferido pedido de fornecimento de medicamentos em Mandado de Segurança é obrigado a ver o Estado a desrespeitar a Ordem Judicial  atrasando, de forma reiterada, o fornecimento do medicamento que lhe devia garantir à saúde.
O Assassinato de Doroty Stang, mesmo havendo um assassino confesso, encaminhava-se para o 3° julgamento consecutivo, semana passada. O assassinato ocorreu em 2005. Muitos outros crimes envolvendo a questão fundiária estão sem julgamentos e sem nenhuma perspectiva de conclusão.
Uma mulher é espancada no Brasil e, se não representar o companheiro, a agressão será considerada lesão corporal leve e não será apurada ou julgada (isso mesmo! Lesão corporal leve, mesmo com a Lei Maria da Penha). Noutro giro, se uma mulher entrar em um Supermercado e furtar um litro de leite desnatado para dar aos filhos que passam fome, poderá ser julgada, independentemente de qualquer representação do gerente ou proprietário do Supermercado. Ou seja, o bem material (litro de leite) vale mais que a dignidade da pessoa humana (mulher espancada).
Em recente decisão (maio de 2009), o Supremo Tribunal Federal estendeu os efeitos da Lei de Anistia para “Agentes Estatais” que praticaram crimes comuns, tais como, assassinatos, torturas, seqüestros etc. Trata-se de verdadeiro escândalo internacional. O Brasil é o único país da América Latina que não revisou sua Lei de Anistia.
Alguns Ministros do Supremo ao defenderem o instituto da conexão, agem de forma tão absurda, que é possível até mesmo questionar se houve inépcia, negligência, imperícia, ou até mesmo tudo isso ao mesmo tempo na referida decisão. Na verdade, qualquer estudante de direito deste país que conheça os conceitos de “Crime Político” e de “Conexão” pode observar que é no mínimo risível o argumento da conexão defendido por alguns dos Ministros.
Se o argumento é tão absurdo, não estaríamos diante de um julgamento maculado pela desídia de nossos Ministros do Supremo Tribunal Federal? Sim, isso mesmo! Verifique em um dicionário de língua portuguesa o significado da palavra desídia. Agora, verifique em um dicionário de expressões jurídicas o significado da palavra desídia. Pronto! É tão difícil assim concluir que algo está muito errado no Supremo Tribunal Federal?.
Havendo desídia, não seria o caso de Crime de Responsabilidade praticado por Ministro do Supremo Tribunal Federal, nos termos do artigo 39, inciso III, da Lei n° 1079/50, em sua maior parte recepcionada pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988?
Havendo Crime de Responsabilidade, não seria o caso de abertura, pelo Senado Federal de Processo de Impeachment?
Algo realmente está muito errado no Brasil. Ou rasgamos nossa Constituição Federal, ou buscamos formas de obrigar, dentro do “Estado Constitucional”, em pleno Século XXI, que nossa Constituição vincule os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Afinal de contas, as leis vinculam apenas o povo, ou o povo e os nobres? Onde está João Sem Terra?*
*Historicamente consideramos que pela primeira vez uma lei conseguiu vincular o rei (João Sem Terra) e o povo (Burgueses e membros da Igreja que queriam proteger suas propriedades).

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

ALGUNS DE MEUS HERÓIS AINDA ESTÃO VIVOS



“Nenhuma palavra foi dita entre eles, mas pelo olhar, ambos dialogaram. Os olhos do filho comunicaram: “Não falei, não te decepcionei”. E ambos sentiram orgulho um do outro”. (BRASIL, 2009)

Ivan Akselrud de Seixas é um dos meus heróis que estão vivos. Quanto mais leio a respeito de Ivan, maior é meu apreço, admiração e respeito por esse incansável Militante dos direitos humanos.
Os fatos que sustentam toda minha admiração se retratam ao longínquo ano de 1971.  Para alguns, como os meus pais, foi um ano para recordar com carinho, pois em um sábado do dia 18 de Dezembro do ano de 1971, se casaram. Para outros, como Ivan e sua família, é um ano triste, que jamais deverá ser esquecido por todos os cidadãos deste país.
Passados 39 anos, estou com casamento marcado para o dia 18 de Dezembro de 2010, no mesmo horário em que meus pais se casaram. Realmente, nossa vida é curiosa e a história, o destino, sempre nos reserva surpresas.
Em 1971 eu nem existia. Meus pais imaginavam ter filhos, mas sequer sabiam que teriam três filhos. Meu avô materno já havia enterrado livros no fundo do quintal, por conta do Regime Ditatorial e os acontecimentos políticos de nosso país estavam em grande ebulição. Algumas pessoas fazem o que tem que ser feito, no momento em que a história exige atos comissivos e não omissivos. Estes são os heróis.    
Quando eu tinha 16 anos, apesar de ser um rapaz já preocupado com política, economia, direitos sociais, direitos humanos, apesar disso, era um rapaz que tinha comportamento normal para sua idade. Ia à escola, estudava, sempre gostei muito de ler e ia ao clube à tarde.
Houve um período que ia ao clube todo dia. Usava um aparelho ortopédico para coluna, que foi responsável por meu apelido “Robô”, já que andava com aqueles ferros e duro como um verdadeiro robozinho mesmo. A questão é que meu médico ortopedista orientou-me a praticar natação, para que minha coluna fosse corrigida mais rapidamente e o período de uso do aparelho fosse menor. Bem, um adolescente, usando um aparelho daquele, era algo horrível. Lembro-me como se fosse hoje o primeiro dia que cheguei ao colégio utilizando o aparelho. O colégio inteiro parou e todos ficaram me olhando, sequer disfarçaram, foi horrível, como naturalmente seria para qualquer adolescente em razão da fase. A adolescência já é uma fase difícil dentro da normalidade, com aquele aparelho de coluna, foi algo bem complicado. O fato é que não me deixei abalar, lógico, nos primeiros dias fiquei um pouco deprimido e demorei a acostumar-me com as pessoas me olhando na escola, na rua, no banco, nossa!! Nas Agências Bancárias era duplamente constrangedor, primeiro porque os seguranças se assustavam com aquele colete, já que eu usava uma camisa por cima do aparelho e segundo porque todos ficavam me olhando.
Apesar de tudo isso, tive uma vida feliz, uma adolescência saudável, já que cheguei a praticar dois mil metros de natação por dia. Isso que era vontade de sarar da coluna logo e tirar aquele aparelho!.
Estou contando tudo isso para contextualizar exatamente o que pretendo discutir. Muitas vezes, como Coordenador de um Curso de Direitos Humanos e Professor nas disciplinas de Direito Internacional Público e Privado e Ética Geral e Jurídica em um Curso de Direito de uma Universidade Estadual, sou obrigado a questionar-me se teria tido a coragem que muitos estudantes tiveram quando ocorreu o Golpe de Estado em 1964 e nos anos posteriores?. Essa questão me inquieta profundamente. Não sei, sinceramente, se teria feito algo por meu país, pela liberdade de expressão, pelos direitos humanos, pela defesa dos desaparecidos e, dos denominados, “terroristas” pelo governo ditatorial, ou se teria, simplesmente, assistido os fatos ocorrerem como testemunha ocular débil, covarde e medíocre?
Na verdade, tenho até muito medo de realizar essa reflexão, pois, em determinados momentos, acredito que teria sim reagido e militado em favor do Estado Democrático de Direito, da liberdade, dos direitos humanos, da democracia, da justiça, ou seja, fazer o que tinha que ser feito naquele momento por todo cidadão brasileiro. Mas, em outros momentos, me encontro totalmente perturbado e consternado, com a possibilidade de ter sido um covarde, um estudante débil e passivo e um cidadão completamente imperito, ou até mesmo negligente para com meu país, colegas e direitos humanos.
Ser justo, fazer a coisa certa, “exige presença de espírito”, personalidade forte,  e acima de tudo coragem. Recordo-me de um amigo no colégio que era vítima do que hoje foi identificado como “Bullyng”, algo que possui efeitos comprovadamente terríveis para as suas vítimas. Pois bem, apesar de não participar dos atos praticados contra esse amigo, limitei-me a apenas tentar convencer alguns dos algozes de que aquilo era errado, mas nunca lutei ao lado deste amigo em sua defesa de forma mais efetiva, ou até mesmo, tentei protestar ou denunciar aqueles atos ao Diretor da Escola. Ou seja, naquele momento, não fui justo, não fui algoz de meu amigo, mas fui negligente e fechei os olhos para aqueles fatos que ocorriam na frente de meus olhos. A atitude que tive neste período aqui descrito é a mesma que a imensa maioria dos brasileiros tiveram nos “Anos de Chumbo”.
Penso muito a respeito. É muito difícil ter a coragem e a determinação para fazer a coisa certa e necessária no seu devido momento. A história não perdoa enganos. Às vezes penso que poderia estar morto se fosse vivo naquele período, por ter militado na causa dos direitos humanos e do Estado Democrático de Direito e as vezes, penso que teria sido um passivo cidadão, totalmente inepto para com os valores da cidadania e que fecharia os olhos para todos os acontecimentos, assim como fiz para o que aconteceu com meu amigo no colégio. Deveria ter lutado ao lado dele, ter denunciado aqueles atos para o Diretor da Escola, mas não fiz quase nada.
Com a idade de 16 anos fui um garoto com todas as imaturidades, inseguranças, vergonhas e medos naturais para a idade da efervescência dos hormônios. Logo, não consigo, por mais que me esforce imaginar-me atuando bravamente como Ivan Seixas.
“Mentira no pau-de-arara
Ivan Seixas aprendeu a mentir no pau-de-arara. Nos seus 16 anos de vida sempre fora ensinado pelo pai – Joaquim Alencar de Seixas – a falar a verdade. O mesmo pai que naquele momento era torturado a poucos metros, na chamada “cadeira do dragão”. Ao serem presos juntos, Joaquim revogara o velho conselho: “Agüenta firme. Não fala”. Foram as últimas palavras que Ivan ouviu dele. Poucas horas depois, o pai seria assassinado por agentes do DOI-CODI, que também saquearam a casa da família e encarceraram sua mulher Fanny e as duas filhas, Ieda e Iara. Ivan passaria os próximos seis anos – ou seja, toda a sua adolescência e parte da juventude – na prisão, sem julgamento.
[...]
Levados para a 37ª Delegacia de Polícia e depois para as dependências do Destacamento de Operações de Informações/Centro de Operações de Defesa Interna de São Paulo – o DOI-CODI – pai e filho foram espancados a ponto de se romperem as algemas que os unia. Depois, os agentes os torturaram juntos. Apesar da dor, o cérebro de Ivan trabalhava sem trégua: “Não posso falar. O meu pai está ouvindo. O que ele vai pensar de mim?”. Ao mesmo tempo, seu corpo esgotava os limites. Assim, veio a idéia de mentir. “Preciso falar, mas não a verdade”, pensou. E forneceu a informação de um ponto falso”. (BRASIL, 2009)

Não sei, sinceramente, se conseguiria suportar horas de torturas, e não falar nada. Não sei se conseguiria ver meu pai ser torturado na minha frente e ao mesmo tempo, manter-me “calado”. Você já imaginou ser torturado por horas a fio e conseguir preservar a segurança de seus amigos por meio da manutenção do sigilo de seus nomes e locais de seus aparelhos? Heróis fazem o que é necessário fazer, no momento em que a história lhes cobram uma conduta omissiva ou comissiva. Não é fácil ser herói. Esse país, o Brasil, não tem tradição no reconhecimento de seus verdadeiros heróis. Se hoje temos Democracia e liberdade de expressão, é em razão de pessoas extraordinárias que fizeram o que tinha que ser feito, mesmo que colocando em risco suas vidas, suas carreiras, seus trabalhos, sua sanidade física e mental.
O BRASIL PRECISA RESGATAR À VERDADE, À MEMÓRIA, REALIZAR SUA JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO E RECONHECER SEUS VERDADEIROS HERÓIS.
Um povo não precisa buscar “Salvadores da Pátria”, mas esse mesmo povo deve reconhecer os méritos daqueles que fizeram o que tinha que ser feito, com sacrifício de suas próprias vidas na defesa da Democracia, da Liberdade e da Justiça.
Se não resgatarmos nossa história, construindo uma Memória eficiente dos fatos que ocorreram neste país, desnudarmos os fatos ocorridos no período da Ditadura Brasileira 1964-1985, revelando à Verdade e, não julgarmos os agentes estatais que cometeram crimes contra a humanidade, correremos o risco de continuar a dar mais valor para Jogadores de Futebol, do que para Jornalistas, Militantes do Direitos Humanos e Professores que trabalham a vida inteira para a formação intelectual, ética, política e humanista de nossas crianças e adultos.
Hoje, se perguntar para algumas crianças se querem ser Professores ou Jogadores de Futebol, a resposta é praticamente certa em mais de noventa por cento dos casos: Jogador de Futebol, este fica rico, o professor fica pobre.
Precisamos sim resgatar à Verdade, preservar à Memória, realizar nossa Justiça de Transição julgando os agentes estatais que cometeram barbaridades em nome do Governo Ditatorial e valorizar nossos verdadeiros heróis.
Devemos repudiar muito firmemente quando o Pedro Bial chama aqueles participantes do “Reality Show” da TV Globo de “Meus Heróis”.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Nosso casamento: Kátia e Alessandro

Queridos familiares e amigos
Resolvemos nos casar e será no dia 18 de dezembro de 2010, às dez e meia da manhã, mesmo horário e dia que meus pais se casaram (Ah! A pergunta que não quer calar! A Kátia está Grávida? Não! Rs! Não está não!). Na verdade havíamos planejado o casamento para o início do ano que vem, mas quando minha mãe me disse que casou em um sábado, no dia 18 de dezembro de 1971, fiquei muito intrigado em casar no mesmo dia. Não sabia a hora do casamento de meus pais, fui até o cartório com a Kátia e marcamos. Coincidentemente o nosso casamento ocorrerá na mesma hora em que foi realizado o dos meus pais, Legal isso não é mesmo!!! rs! rs!. (Segundo um amigo, teríamos que esperar mais sete anos, isso mesmo, SETE ANOS!!!, para conseguir outro sábado, no mês de Dezembro, que coincidisse com o dia 18) Bem! Depois de quase quinze anos de namoro, acho que a Kátia não iria gostar de esperar mais sete anos rs!,  Não obstante, neste momento, não iremos fazer festa por inúmeras razões. Bem, na verdade, para cursar meu Mestrado em Direito, que foi e está sendo fundamental para o desenvolvimento de minha carreira acadêmica, acabei fazendo algumas dívidas que irei levar uns cinco anos mais ou menos para pagar. Vixi!!! Não posso nem pensar no valor delas, é bem aquela situação de contar a história para o charreteiro e até a égua chorar rs! rs!, então, vamos pular logo essa parte rs!. Além disso, eu e minha mãe resolvemos socorrer sua casa que estava em situação precária (se a defesa civil entrasse na casa a interditaria, certamente rs! rs!). Eu e Kátia ganhamos um apartamento súper, mega, “tander”, “blaster” luxo (nossa que exagero!!!) é nosso cantinho na nova casa. Estou expondo estes fatos, pois, apesar de ter intenção de realizar uma festa para receber nossos queridos parentes e amigos, essa festa não será realizada neste momento por questões de “força maior” rs!.
A motivação para escrever essa mensagem está fundada em dois objetos. Um deles, o fato de que sinto necessidade de justificar-me quanto a razão de casar, mas não convidá-los para uma festa neste momento. O segunda razão, por meio desta justificativa quero aproveitar para realizar uma reflexão de resgate de lembranças, de memória e homenagear algumas pessoas.
Como é uma mensagem de festa futura rs! Se é que existe isso!!! Bom! Agora existe!!! Acabei de inventar rs! rs! rs!. Vou iniciar pelos padrinhos que serão convidados na ocasião da realização da festa (Futura, sem data ainda definida kkk rs!).
Sempre que pensamos em padrinhos, nos vem à imagem de algumas pessoas, que temos imenso carinho:
- Cláudio e Valéria: Claudião, meu querido primo, sempre estivemos muitíssimo ligados e sua união com a Valéria nos trouxe um novo membro para a família que é uma pessoa maravilhosa. Como gostamos de vocês e sentimos saudades! Como é bom quando podemos estar juntos, conversando nós quatro. Lembro-me de uma passagem que me marcou muito. Em Ubatuba, no final de 2003, estava muito impactado ainda com a morte de meu pai e vocês dois foram maravilhosos. Sempre presentes, sempre preocupados em me deixar bem, em verificar se eu e Kátia estávamos bem. Desta viagem, lembro de conversarmos muito em uma longa caminhada sob chuva fina na Praia da Fazenda e de conversarmos muito na entrada do Aquário Municipal de Ubatuba. Na saída do aquário tinha a publicidade de uma exposição que estava ocorrendo ao lado de animais exóticos. Estávamos todos de grana curta (como sempre rs!) e com bastante vontade de ver a exposição, mas um fator foi determinante para desistirmos de visitar referida mostra – as aranhas – tinham aranhas monstruosas e eu e Cláudio sempre tivemos problemas com aranhas (que fique bem entendido para as mentes maliciosas rs! rs! as aranhas que nos incomodam são os aracnídeos, “eita” povo de mente suja rs!). Bem, Cláudio e Valéria, vocês serão nossos padrinhos eternos, dentro de nosso coração e se realmente realizarmos o evento como planejamos no futuro, vocês serão devidamente convidados e nos honrarão muito se aceitarem o convite.
- Cláudia e Tiago: minha querida maninha, sempre fui muito apegado a você. Nossa!!!, como já tive ciúmes de você. Ciúmes de irmão, odiava seus namorados rs! Hoje, obviamente vejo de forma diferente. Gosto muito do Tiago e espero que vocês encontrem a felicidade plena. Um relacionamento, um casamento, como o que vocês já assumiram, mesmo não oficializando no cartório como eu e Kátia vamos fazer, sempre passa por momentos alegres e tristes, por dificuldades e por muitos momentos bons. É imprescindível que o casal aprenda a apoiar incondicionalmente um ao outro para a busca da felicidade. E é imprescindível que sempre busque melhorar sua condição de emprego, sua renda, sua qualidade de vida. Vocês, também estarão sempre em nossos corações como nossos padrinhos, mesmo que não realizemos uma festa futura para materializar este convite. Maninha, lembro de uma vez que você correu em volta da casa com um garfo e uma faca atrás de mim enfurecida rs! não lembro o que lhe fiz para provocar, mas lembro de uma coisa, e muito claramente, de olhar para trás, ver aquela faca e garfo em suas mãos e sua expressão de má rs! ai! Se você me pega aquele dia!! Foi o dia que pulei um muro de forma mais rápida e eficiente em minha vida, melhor que qualquer atleta olímpico e olha que, se não me engano, estava bem gordinho na época. Coisas de irmãos que só compreendemos agora. As vezes penso como que dois irmãos podem se amar tanto e brigar tanto no aprendizado.
- Luciana: Minha querida irmã. Você também é uma madrinha que estará sempre em nossos corações e provavelmente iremos materializar este convite em festa futura, todo caso, considere-se já nossa madrinha, pois te amamos muito. A lembrança que tenho de você, que me marcou muito, foi a do vazio que senti quando criança e você foi estudar em Rio Preto. Nossa!!, é estranho não é mesmo!? Lembro que senti muito sua falta e demorei para acostumar-me com sua ausência na casa. Pouco antes, você estava naquela fase de fazer bolos, nossa como engordei! Era Bombocado cremoso de fubá e Bolo cremoso de milho. E o papai adorava, lembra-se?. Bom, o fato de você ir para Rio Preto me ajudou a emagrecer rs! rs!.
- Aimar e Sueli: Aimar é o primo da “Pochete eletrônica” rs! Puts Aimar!!! Jogue aquele celular fora para não correr mais o risco deste ridículo!!!! Kkkk Cara, Pochete é demais né!? (Aimar coloca o celular na cintura e fica muito parecido com uma Pochete). Lembra até aquela propaganda de cerveja da TV. Bom! Vamos ao que interessa! É muito interessante esse querido primo e casal. Sempre muitíssimos animados, topam tudo, opa, tudo não né!! Rs! O Aimar puxou muito para o Tio Zinho. Sempre preocupado em fazer o bem, em ser prestativo e em agradar e dar atenção a todos. Tem uma expressão deste querido primo que jamais esquecerei: “Depois de uma certa idade, não existe mais diferença entre primos, somos todos iguais, pensamos de forma semelhante e nos relacionamos bem”. Pois é! Sempre gostei muito deste casal. Rapaz!!!, a Sueli “come” igual a pedreiro. Se colocar uma leitoa na frente dela, acho que ela não resiste dois segundos rs! Tenho saudades daqueles almoços em casa, quando meu pai fazia “Arroz  de Carreteiro”, Pacu Assado (o peixe em mente maliciosa!! Rs!!) ou pernil assado. Rapaz, realmente a Sueli “come com força”!!. E a cerveja então, acho que se juntar eu, Kátia, Aimar, Sueli e a Luciana para tomar cerveja, eu e a Katia entramos em coma alcoólico em pouco tempo e o trio parada dura, rapaz!! “Mas bebe” em!!!. Bom Sueli e Aimar, considerem-se padrinhos nossos, do fundo de nossos corações, gostamos muito de vocês.
- Ricardo e Fabiana: Não deu tempo para conhecer a Fabiana, mas o pouco que conversamos já foi possível verificar que se trata de uma pessoa maravilhosa e que será muito feliz com meu querido primo Ricardo. Ricardinho, como é conhecido na família, Puts!! Isso me fez lembrar do apelido de meu primo entre seus amigos “galinha” que apelido constrangedor em Ricardinho kkkkkkkkk rs! Bom, o Ricardinho sempre foi diferente. O primo mais novo. Inteligentíssimo. Dono de um humor extraordinário. Sempre nos demos bem. Aliás, tenho muitas, mas, muitas recordações boas de Ricardinho, Rogério e Giseli Quantos carnavais passamos em Jales?!. Época muito boa, eles vinham para Jales para passar as férias. Bom! Lembro de duas passagens engraçadíssimas envolvendo o Ricardinho e as duas estão relacionadas com comida rs! rs! A primeira foi em uma viagem para Ubatuba. Na beira da Rodovia, acredito que em São José dos Campos, havia um Shopping e paramos para lanchar. A molecada foi direto em uma das lojas da praça de alimentação que vendia Súper Hot Dogs. Cara! Realmente eram gigantes aqueles “cachorros quentes”. Comemos até!. Pouco depois o Ricardinho começa a passar mal e vai minha tia Sandra e meu Tio Emerson correndo com ele para o banheiro. Ele vomitou tudo!!!. O mais engraçado é que depois ele ria e falava: “puts! Vomitei meu cachorro quente” rs! rs!. A segunda passagem engraçada está relacionada a um acampamento que fizemos. Eu e Rogério tínhamos mania de brincar de acampar. Nos fundos de uma casa que morei havia uma residência onde funcionava a Legião da Boa Vontade (LDB) Puts!!! Isso lembra até Collor e “Casa da Dinda” Bom, mas voltando ao que interessa - Estávamos “acampando” no fundo daquela residência que parecia uma pequena floresta, pelo menos para nós, crianças e fazendo churrasco. Um determinado momento, o Rogério e o Ricardo discutiram e o Ricardinho foi solenemente expulso do acampamento rs! rs! Mas, rs, como era característica de Ricardinho, não se dar por vencido. Este ficou na espreita, esperando descuidarmos do churrasco. No primeiro descuido, vem Ricardinho correndo, passa a mão em um espeto e sai correndo, tropeçando e caindo, Ricardinho, Espeto, Carne, poeira, areia, tudo virando uma coisa só em uma grande nuvem. Mas o Ricardinho conseguiu levar o espeto. Puts!!! O pior é que ele bateu o espeto nas “pernas das calças” tirou a poeira e comeu. Isso mesmo!! Ele comeu o espeto com terra e tudo. Provavelmente estava crocante!!! Conclusão, acabou o acampamento, ficamos com dó do Ricardinho rs! rs! Que bravamente não se deu por rogado e conquistou um espeto de carne mal temperada e mal passada!!! Bem!, acredito até que devia estar meio congelado ainda rs!.
- Tessy e Fabrício: Dois primos que temos imenso carinho. Tessy é quase advogada já. Espero que vire uma juíza, porque a advocacia no Estado de São Paulo está muito difícil. Temo o PIOR PODER JUDICIÁRIO dos Estados da Federação. Fabrício virou fiscal sanitário (Sempre lembro-me dele quando assisto A Grande Família! Rs! rs!). Dois queridos primos, irmãos. Fabrício encontra-se atualmente, salvo engano, separado da esposa e Tessy, também salvo engano, encontra-se sem namorado atualmente, logo, queremos convidá-los, já que são muito queridos. É uma família linda, Tio João (Eita tio!!, precisa parar de fumar em! gosto demais do senhor), Tia Petro, Rodrigo, sua esposa e filha, Júnior, sua esposa e filhos, Tessy e Fabrício e sua linda filha. Aliás, lembro de uma história muito engraçada envolvendo meu Tio João. Estávamos todos na casa dele, em Palmeira do Oeste e, de repente, passa o meu Tio João correndo, mas correndo muito e rindo muito também. Não dá um único segundo que meu Tio passou correndo e começa uma chuva de calçados e sapatos vindo do quarto dele, em sua direção e jogados por minha Tia Petro. Rimos muito aquele dia.
Alisson e Márcia: Alisson é um querido amigo de longa data. O conheci, salvo engano, em 1992, estávamos na oitava série. Estudamos da oitava série até o último ano do curso de Direito juntos. Neste período, a amizade só fez aumentar. Imagine que oportunidade que tivemos! Meu melhor amigo, que conheci na oitava série estudou comigo até o 3³ ano do ensino médio e, depois, para nossa surpresa, passamos no vestibular da mesma faculdade e estudamos o mesmo curso, na mesma sala, por mais cinco anos (Curso de Direito). Saímos da faculdade e, advinha!? Montamos um escritório de advocacia com mais quatro amigos. Isso demonstra de forma inquestionável quanto robusta é nossa amizade. Alisson é uma figura!!, Um amigo extraordinário! Sempre defini e defino como melhor amigo. Sabe aqueles amigos que você pode confiar sempre! Não importa o tempo que passe, sempre será um grande amigo, tenho imenso apreço por esse sujeito. Na verdade, gostaria até de ver mais esse amigo. Por conta da opção que fiz em abraçar a docência, cada ano que passa, o vejo menos. Alisson continua advogando, inclusive seu escritório continua no mesmo local que iniciamos. Além da advocacia, gosta muito de cuidar de animais em um sítio que possui. Esse amigo possui várias estórias engraçadíssimas. Certa vez, estávamos enchendo camisinhas de ar para amarrá-las no carro dele. Quando saísse com o carro e o plano era esse, atravessaria toda a avenida Francisco Jalles (a principal de Jales) com várias camisinhas se mexendo loucamente e presas ao para choques de seu carro. Já tínhamos enchido quase todas e quando nos preparávamos para colocar no carro do indivíduo, eis que o mesmo aparece, chorando de rir e perguntando o que estamos fazendo. O cara tem tanta sorte que resolveu dar uma volta no quarteirão, a pé, com sua namorada e nos pegou “no pulo”. Em outra passagem, colocamos uma corrente, com um cadeado no portão de sua casa. Alisson tocava bateria na Igreja, mas missas de domingo e, como nunca foi muito afeto a chegar no horário (chegava sempre encima da hora, ou atrasado) resolvemos fazer esse favor ao mesmo. Não é que o rapaz pegou uma serrinha, serrou as correntes e ainda conseguiu chegar a tempo de montar sua bateria para a missa. Bem! Existem inúmeras outras histórias, até mais engraçadas, mas tenho que contar a história da “Corretagem”. A Kátia, minha futura esposa, foi-me apresentada por Alisson (Kátia era amiga de uma ex namorada dele). Quando este ficou sem namorada, ficava sempre me cobrando. Dizia que eu tinha que arrumar uma namorada para ele, especial, como a Kátia, que fosse a futura esposa dele. Como demorei para realizar o pagamento da “tal corretagem”, ele sempre cobrava e dizia que a moça pretendente teria que ser extraordinária (Por conta dos juros de mora na apresentação da pretendente, sabe!). Bem! É aqui que entra a Márcia, uma das madrinhas. Então! Por mais estranho que possa parecer, Márcia é fruto do pagamento de uma corretagem! Rs! Brincadeira! A questão é que eu e Kátia fomos cupido deste casal e estão juntos até hoje. Alisson, querido amigo e Márcia, querida amiga, considerem-se a partir deste momento nossos “cumpadis”, nossos queridos amigos. Temos enorme carinho por vocês.
Bem! Queridos padrinhos. Sintam um forte e fraternal abraço neste momento. Consideramos muito vocês. Ainda temos dois padrinhos que serão homenageados na próxima crônica. Espero que nos dêem a honra de aceitar nosso convite e que possam se tornar nossos padrinhos. Na verdade, gostaríamos, caso tenhamos a honra de aceitarem nosso convite para “festa futura” rs! (Só o doido do Alessandro para inventar isso, diz a Kátia), que passem a se sentir nossos verdadeiros padrinhos a partir desta data. Se nossos planos derem certo, não vai demorar muito para “materializarmos” esse convite.
Quanto aos nossos demais familiares e amigos, considerem-se todos honrosamente convidados para a nossa “Festa Futura”. No momento oportuno, iremos organizar uma festa para recebermos todos que tanto amamos e consideramos.
Como se trata de uma “Festa Futura”, irei publicar outras crônicas relatando familiares e amigos de forma individual. Na verdade, não daria para publicar nesta mesma crônica, pois pretendo citar memórias de cada um dos parentes e amigos citados e essa crônica ficaria muito grande para um Blog e até mesmo cansativa.
Assim, muito em breve, pretendo postar novas Crônicas com fatos, histórias, acontecimentos, de preferência alegres, que envolvam nossos familiares e amigos.
Até a próxima! Espero que tenham gostado, todos vocês padrinhos, familiares e amigos e que entendam a impossibilidade da realização da festa neste momento.
Com muito carinho e saudade por todos os familiares e amigos.